Salve Ferris!
Ferris Bueller é o cara que todo adolescente gostaria de ser: esperto, popular, de bem com a vida e com uma namorada linda. Cameron Frye, seu melhor amigo, é o rapaz problemático que personifica um lado que todo mundo também já teve: um jovem em conflito com os pais, travado entre a angústia sobre o futuro e as dúvidas existenciais que pipocam na alma feito espinhas na cara. Já Sloane Peterson é a namorada dos sonhos, uma garota cool e comparsa de qualquer aventura que fosse proposta, cuja beleza é admirada (e invejada) por todas as amigas.
Não é difícil entender o porquê de uma reprise de Curtindo a Vida Adoidado na TV representar um apelo irresistível para que a gente se ajeite no sofá e curta 102 minutos de diversão descompromissada. Este filme, dirigido e roteirizado por John Hughes em 1986, é o retrato de uma geração sem utopias que simplesmente aspira por uma vida que fuja à rotina besta do dia-a-dia. Facilmente digerível, feito as melhores canções pop, Ferris Bueller's Day Off (título original do filme que, em Portugal, ganhou o nome de O Rei dos Gazeteiros) dá voz a toda uma geração em uma seqüência na qual Matthew Broderick fala diretamente para a câmera.
Tal qual um Horácio pós-moderno, Ferris Bueller é contumaz pregador da filosofia do carpe diem. Afinal de contas, por que perder um dia lindo de sol para ficar trancado em uma escola, tendo aulas de macroeconomia? Que atire a primeira pedra quem nunca se imaginou dublando "Twist and Shout" no meio da rua, como nesta cena antológica (via YouTube).
Ps.: Esse artigo foi extraido, de Pensar Enlouquece, Pense Nisso.
Quando vi não pude deixar passar.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial